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50% dos brasileiros afirmam reduzir o consumo de carne

Estudo inédito desenvolvido pelo The Good Food Institute em parceria com 11 empresas do setor mapeia o consumo de alternativas vegetais no país

A preocupação com a saúde é uma tendência que vem crescendo mundialmente, se acentuando após o início da pandemia. Esse movimento também é presente no Brasil, refletindo-se nas escolhas alimentares dos consumidores. A pesquisa O consumidor brasileiro e o mercado plant-based mostra que os brasileiros buscam incorporar opções mais saudáveis no seu dia a dia. O estudo inédito mostra essa realidade refletida nos padrões de consumo nacionais.

O brasileiro está diminuindo o consumo de proteína animal em favor de substituí-las por proteínas alternativas mais frequentemente, o que é conhecido como flexitarianismo. Este se consolidou como um influente grupo de consumo, crescendo de 29% dos brasileiros em 2018 para 50% em apenas 2 anos e fazendo com que a indústria de proteínas alternativas brasileira se desenvolvesse rapidamente no último ano.

Panorama da indústria de proteínas alternativas

O retrato da indústria de proteínas alternativas foi alcançado por meio da pesquisa implementada pelo IBOPE e coordenada pelo GFI para melhor entender esse mercado. Apesar de em franca expansão há algum tempo, ainda não existia clareza em relação a alguns pontos-chave, o que foi solucionado em grande parte com este estudo. Participaram 2000 pessoas de todas as classes sociais e regiões do país, sendo homens e mulheres a partir de 18 anos selecionados intencionalmente por cotas de gênero, idade e regiões do país, e ouvidos por meio de uma plataforma online. A partir dos resultados, é possível entender quem são os flexitarianos/consumidores, onde estão e o que consomem.

As mudanças no prato do brasileiro

A pesquisa mostrou que, dos 50% já diminuindo o consumo de proteína animal, 57% ainda consome frango pelo menos três vezes por semana e 53% carne bovina. Quase metade das substituições (47%) ainda é feita apenas por legumes, verduras e grãos. Essas informações mostram que a proteína animal ainda é bastante presente no prato do brasileiro e que ele ainda não foi completamente conquistado pelas opções vegetais presentes no mercado. Essas questões apontam o caminho para onde o mercado deve se desenvolver nos próximos anos.

“A alimentação tem um aspecto cultural bastante forte, e a carne está inserida em muitas das tradições brasileiras como a feijoada, o churrasco de domingo, o peru no Natal, etc. Por isso, a mudança desses hábitos passa muito pela indústria conseguir entregar produtos que se insiram nessas situações e que entreguem a experiência sensorial que o consumidor espera e os aspectos de saudabilidade que ele valoriza”, explica Raquel Casselli, gerente de engajamento corporativo do The Good Food Institute. A pesquisa apresentou quais são os aspectos levados em conta pelo consumidor quando optam por uma alternativa vegetal. 43% dos que consomem carne vegetal análoga esperam que o produto tenha menos gordura, 40% dos que consomem leites e derivados vegetais esperam que o produto tenha vitaminas, cálcio, zinco e que tenha menos gordura, e 39% dos que consomem ovos e substitutos vegetais para receitas esperam que o produto tenha uma boa quantidade de proteína. Esses contextos representam oportunidades de crescimento para as empresas do ramo, mas elas não se limitam às refeições especiais.

Os dados também mostram que existe um grande espaço para alternativas vegetais que se integrem ao cotidiano do brasileiro. A maioria dos entrevistados apontou que preferem consumir alternativas vegetais em casa, seja ao cozinhar (62%) ou pelo delivery (44%). Além disso, os momentos em que mais gostariam de ter essasalternativas são nas refeições do dia a dia (59%) e também para fazer refeições rápidas (54%). Esses dados indicam que, para entrar de forma definitiva nos hábitos alimentares brasileiros, as proteínas alternativas devem trazer praticidade às refeições. Segundo Raquel, “há sempre que concentrar esforços no que é essencial: sabor, aroma e textura semelhantes, com produtos mais saudáveis e preço competitivo.”

O fator preço

A influência do preço no momento da compra também ganhou destaque nas descobertas da pesquisa. Apenas 36,5% dos entrevistados disse estar disposto a pagar a mais por um análogo vegetal. “Existe uma dinâmica natural de mercado: o preço vai ficando mais competitivo à medida que a escala aumenta, o domínio das tecnologias é maior e conseguimos nacionalizar os ingredientes.” explica Raquel. Comprovando a importância do preço na escolha, 39% dos entrevistados escolheram a opção mais barata, não se importando, por exemplo, com o tipo da proteína que estava na sua composição. “Isso reforça a necessidade e o desafio da indústria como um todo, desde o desenvolvimento até a venda final de produtos vegetais, de que o preço deve estar de acordo com as expectativas de preço dos consumidores e do que é praticado dentro da categoria do seu análogo”.

O estudo mostra que a indústria de produtos vegetais brasileira, apesar de recente, encontrou recepção bastante favorável entre os consumidores e, por isso, está em franca expansão. É esperado que continue a se desenvolver rapidamente, uma vez que existem grandes oportunidades ainda a serem exploradas no mercado. “O Brasil possui uma capacidade únicade produzir alimentos, com uma rede logística estabelecida amplamente capilar, capaz de levar nossos produtos para todos os países do mundo. Além disso, existe a expertise do nosso produtor rural, nossa biodiversidade e toda a capacidade técnico-científica na área de alimentos. Fazendo uso de todos esses recursos, é possível assumirmos a liderança do setor de proteínas alternativas mundial.”, conclui Raquel Casselli.








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