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Foodtechs transformam hábitos alimentares

Startups do ramo de alimentação fazem uso de ferramentas de inteligência artificial para trazer novidades

As foodtechs estão transformando hábitos alimentares e de consumo a partir de novas soluções tecnológicas. Estas startups inovam com o uso de ferramentas como Internet das Coisas (IoT), Big Data e Inteligência Artificial (IA) para trazer novas perspectivas ao ramo da alimentação. Proteína vegetal de laboratório, microgreens, produtos cultivados em fazendas urbanas verticais são algumas das “invenções” sustentáveis e saudáveis que, em breve, devem se tornar tão comuns quanto o feijão com arroz nosso de cada dia.

A gaúcha Cellva, que desenvolve e produz gordura de porco por meio da cultura de células, é um exemplo de inovação neste segmento. “Este produto possui uma eficiência no custeio, gerando muita competitividade. Além disso, é igual ou superior à gordura convencional (animal), que é a melhor gordura que temos para a indústria”, explica Sérgio Pinto, fundador da Cellva, que tem sede em Porto Alegre. Pioneira no Brasil no desenvolvimento da tecnologia de carne cultivada, a foodtech é uma das empresas que estará presente no 1º Foodtech Summit, no próximo dia 17 de agosto, no Auditório do Sicredi de Lajeado, na avenida Piraí, 97.

“O Vale do Taquari é uma das regiões mais efervescentes da cadeia produtiva de alimentos e bebidas do Rio Grande do Sul, sendo reconhecida como ‘Vale dos Alimentos’. É muito promissora no que diz respeito ao futuro do setor no Estado. Na região também estamos desenvolvendo um projeto-piloto chamado Ecostrator Foodtech e, por isso, decidimos levar o evento para lá”, explica o coordenador da área de A&B do Sebrae RS, Roger Scherer Klafke.

O encontro também terá como foco o fenômeno das foodtechs e os desafios na inovação para as indústrias de A&B, conectando todos os elos envolvidos no setor, desde o agronegócio, indústrias, agroindústrias e varejo. “A ideia é justamente mostrar as possibilidades de negócios que existem no desenvolvimento de produtos inovadores e com alto valor agregado para contemplar toda a cadeia produtiva do segmento”, comenta Klafke.

Alimento com tecnologia

O avanço tecnológico aplicado ao setor está mudando a forma como produzimos, distribuímos, vendemos e consumimos alimentos, contribuindo de forma decisiva para a segurança alimentar e para o surgimento de novas alternativas nutricionais voltadas para a saúde e para a sustentabilidade. A comida com tecnologia impacta desde a modernização da indústria agroalimentar, passa pelos processos de conservação até o modo como os alimentos chegam à nossa mesa.

São muitas as tendências nesta área, a começar pela agricultura. No campo, a biotecnologia, a robótica agrícola e o uso de tecnologias como sensores, drones e inteligência artificial ajudam a otimizar a produção, monitorar o crescimento das plantas, melhorar a irrigação e reduzir o uso de pesticidas e fertilizantes.

A inovação chega também às etapas de processamento e conservação de alimentos, em que o uso de técnicas inovadoras de esterilização e embalagens inteligentes ampliam a vida útil dos produtos. No segmento da logística, aplicativos e plataformas digitais facilitam a entrega de alimentos, permitindo que as pessoas peçam comida online e recebam os produtos em casa, de forma mais rápida e eficiente.

Carne cultivada em laboratório

Os alimentos alternativos são uma das tendências que mais chamam a atenção, pois mexem diretamente com hábitos, costumes e desafiam paladares mais tradicionais. Entre os destaques nesta área estão a pesquisa e o desenvolvimento de soluções de origem vegetal e celular para a produção de carne, laticínios e outros produtos de origem animal, como os já citados hambúrgueres à base de plantas e carnes cultivadas em laboratório.

Há ainda a utilização de dados e algoritmos com aplicação na nutrição personalizada e o desenvolvimento de soluções para reduzir o desperdício de alimentos, promover a agricultura sustentável e minimizar o impacto ambiental da indústria alimentícia.

Todos esses temas vão ganhar espaço no Foodtech Summit. Na programação, estão previstos painéis como Ecossistema de apoio às Foodtech do RS, Tecnologia para resultados e Transformando a Indústria Alimentícia. Entre os palestrantes estão confirmados nomes como o da pesquisadora e fundadora do Voicers e TEDx Speaker, Ligia Zotini; e do futurista e estrategista Demetrio Teodorov.

Além de foodtechs e startups que são cases de sucesso nos seus segmentos, o evento contará com a participação de importantes atores do ecossistema empreendedor gaúcho e de integrantes da Foodtech Alliance, como o APL de Alimentos e Bebidas do Vale do Taquari, Tecnovates, Promove Lajeado, AGIL, Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), e Instituto de Alimentos e Bebidas do Senai/RS, Secretaria de Inovação Ciência e Tecnologia do RS, Cumbuca Food Hub do Tecnopuc e demais parceiros.


Fonte: Correio do Povo








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