O Departamento de Agricultura, Reforma Agrária e Desenvolvimento Rural da África do Sul (Department of Agriculture, Land Reform and Rural Development) impôs a proibição do uso de palavras específicas do mercado de carne para alternativas de carne à base de plantas. A decisão veio na forma de uma carta endereçada a “Todos os processadores, importadores e varejistas de análogos de carne”.
Na carta, o departamento descreve o uso de frases como "almôndegas à base de plantas", "salsicha à base de plantas" e nuggets veganos como ilícitas, porque os produtos não atendem a definição de "carne processada" sob o Regulamento do país No.R.1283. Como tal, o departamento instruiu que os análogos de carne não devem usar os nomes de produtos prescritos e reservados para produtos de carne processados.
A carta também instrui a Agência de Segurança Alimentar (Food Safety Agency), departamento designado para a inspeção de produtos de carne processada, a apreender e remover quaisquer produtos à base de plantas usando nomes que tradicionalmente se referem a produtos de origem animal. Isso é permitido de acordo com o Agricultural Product Standards Act 199 of 1990.
“Essa regulamentação desrespeita os consumidores. Não há evidências para mostrar que as pessoas se confundem com nomes de carne para alimentos à base de plantas. De fato, evidências da Austrália, Europa e Estados Unidos provam que não estão confusos”, disse Donovan Will, diretor nacional da ProVeg South Africa, uma organização internacional sem fins lucrativos. Will e outros detratores dizem que não passa de uma manobra da indústria da carne tentando proteger sua participação no mercado, e não os clientes.
Uma restrição semelhante foi proposta pela indústria de carnes na Europa em 2019, mas foi derrotada no Parlamento Europeu em 2020, após uma campanha sustentada da ProVeg International e muitos outros grupos. Essa batalha também reflete a luta pela rotulagem de alimentos, que está fervendo no sistema judiciário dos Estados Unidos.