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INDÚSTRIA BRASILEIRA DE PLANT-BASED DE OLHO NO MERCADO MUÇULMANO

A busca por produtos mais saudáveis e com a garantia de segurança para o consumo, ou seja, que proporcionem saúde ao corpo sem agredir o meio ambiente, é uma realidade. “A certificação Halal é um selo de qualidade para produtos de origem animal ou vegetal, que vem de encontro com essa busca para que aquilo que se coloque no prato seja garantia de um corpo e natureza saudáveis”, comenta o diretor de Operações da CDIAL Halal, Ahmad M. Saifi.

Como está esse mercado nos países árabes e muçulmanos? Dados do Mordor Intelligence apontam que o mercado de produtos lácteos e carne à base de plantas no Oriente Médio e na África foi avaliado em US$ 240,96 milhões e tem perspectiva de crescer 6,01% durante o período de 2021-2026. Mas, já sabemos, cuidado com os números eufóricos!

“A busca por uma alimentação saudável, sustentável e a certeza de alimentos seguros para consumo é uma tendência mundial, que se intensifica ano a ano, e os consumidores árabes estão inseridos nessa tendência. Diante desse cenário promissor para as empresas de alimentos brasileiras, o selo Halal é uma garantia de qualidade para esses produtos e um diferencial decisivo para que essas empresas possam ingressar nesse mercado que cresce exponencialmente e, até 2024, deve movimentar em torno de US$ 5,74 trilhões”, explica Saifi.

Os produtos consumidos pela população dos países árabes e muçulmanos devem seguir a jurisprudência da religião islâmica. E, para garantir que esses critérios sejam atendidos e os produtos sejam seguros para consumo, é realizada a certificação Halal.

O processo de certificação analisa toda a cadeia, como a matéria-prima, insumos, transporte e armazenamento, para garantir, dentre outras coisas, que não haja contaminação cruzada com produtos de consumo proibido, como a carne suína.

A avaliação do auditor se baseia tanto nas normativas Halal quanto nas brasileiras definidas pelo MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento). Porém, cada país pode ter exigências específicas e, caso o empresário já tenha definido um país para exportar, a certificação se baseará naquelas exigências determinadas pelo país comprador; caso contrário, o auditor se norteará pelos critérios mais rigorosos.

Dentre as avaliações no processo de fabricação desses produtos, estão o cumprimento das boas práticas de fabricação, temperatura de armazenamento dos produtos, as embalagens e o transporte. Importante salientar que no caso específico do maquinário, um dos pontos observados é o lubrificante utilizado, já que no Halal não é permitido que este produto contenha ou tenha contato com qualquer componente de origem suína!

Já na embalagem, é fundamental que as informações sobre o produto sejam claras, além de conter todas as informações sobre o produto escritas em árabe. No caso do armazenamento, é preciso verificar se o produto está armazenado em espaços destinados exclusivamente a produtos Halal.

Após sair da indústria, o ideal é de que seja realizado um transporte exclusivo para produtos Halal, além de atentar-se também à temperatura de armazenagem, deslocamento, limpeza dos contêineres e carregamento dos produtos.

CDIAL Halal é a certificadora da América Latina acreditada pelos principais órgãos oficiais dos Emirados Árabes (EIAC) e do Golfo (GAC), o que confere seriedade e competência nos segmentos que atua. Também é a primeira da América Latina a conquistar a categoria cosméticos e fármacos. Esta certificação é aceita em todo o mundo, inclusive nos países de maior população muçulmana, como Malásia, Indonésia, Singapura e Golfo Pérsico (ou Golfo Árabe).








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