A Marinas Bio está inovando no desenvolvimento de caviar produzido em laboratório, à medida que o setor de proteínas alternativas avança em direção a um futuro onde os frutos do mar cultivados em laboratório possam coexistir com os frutos do mar tradicionais, proporcionando aos consumidores escolhas diversas e ambientalmente responsáveis.
O caviar, uma iguaria feita de ovas de peixe salgadas, existe em três variedades. A Beluga, a mais rara, possui ovos grandes de cor cinza-escura, perfeitamente separados. O Iscveitra, de tonalidade dourada, apresenta ovos menores e uma textura mais oleosa. Já o Sevruga, a opção mais acessível, possui ovos de cor cinza-esverdeada, pequenos e notavelmente salgados.
Segundo Allan Leung, fundador, CEO e diretor da Marinas Bio, na agricultura celular, a biotecnologia permite utilizar um único peixe para produzir caviar repetidamente e de forma sustentável, encurtando o ciclo de produção de anos para meses e melhorando a qualidade, consistência e durabilidade do produto.
A tecnologia de cultivo baseada em células oferece uma abordagem sustentável para a produção de frutos do mar, reduzindo emissões de gases de efeito estufa, contribuindo para a conservação de espécies marinhas e promovendo o bem-estar animal.
Allan Leung enfatiza a escalabilidade das ovas unicelulares em relação à carne, devido à sua estrutura celular simplificada. Uma porção de caviar consiste em centenas de óvulos individuais.
No que diz respeito às tendências do mercado, Leung acredita que o preço da carne cultivada será mais alto a médio prazo, mas pretende tornar o caviar cultivado desejável e vendê-lo a um preço premium para clientes exigentes.
Sua visão é oferecer opções aos consumidores para que possam tomar decisões culinárias informadas, sem necessariamente substituir os frutos do mar tradicionais, mas complementá-los com alternativas sustentáveis.