No cenário mundial de crescente preocupação com o impacto ambiental da agricultura industrial, as micoproteínas e proteínas fúngicas emergem como soluções promissoras para reduzir as emissões de gases de efeito estufa.
Um estudo financiado pela Beyond Meat e Impossible Foods destacou que a substituição de metade do consumo global de carne de porco, frango, carne bovina e leite por alternativas à base de plantas poderia reduzir as emissões de gases de efeito estufa provenientes da agricultura em 30% até 2050.
Uma das alternativas em foco é a micoproteína, derivada de fungos, e que há quase 40 anos é produzida pela Marlow Foods. Essa proteína é o principal ingrediente em mais de 100 produtos da marca Quorn e é conhecida por seu baixo impacto ambiental. De acordo com dados do Carbon Trust, a micoproteína requer 90% menos terra e água e emite 98% menos carbono em comparação com a carne bovina.
Além de seus benefícios ambientais, a micoproteína também oferece vantagens para a saúde humana; é uma proteína completa, rica em fibras e com baixo teor de gordura, além de ser uma boa fonte de vitaminas e minerais essenciais.
Empresas como a Marlow Foods estão explorando a versatilidade da micoproteína, indo além das alternativas à carne e entrando o mercado de produtos lácteos, iogurtes e queijos. Também estão envolvidas na pesquisa de novas cepas de fungos para aprimorar a qualidade de produtos à base de plantas.
A Quorn, em particular, visa criar o que chama de "terceiro reino de proteínas fúngicas". Essa visão impulsionou a empresa a se tornar membro fundador da Fungi Protein Association, um grupo que busca destacar a proteína dos fungos nas diretrizes dietéticas globais.