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Pancs, uma alternativa alimentar muito próxima e ainda desconhecida

Segurança alimentar é fundamental para manter a saúde e o bem-estar da população. Infelizmente, muitas pessoas ainda desconhecem as possibilidades oferecidas pelas Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANCs) no Brasil.

As PANCs são plantas nativas ou cultivadas que geralmente não são consideradas como alimentos principais, mas que podem ser ricas em nutrientes e oferecer benefícios para a saúde.

O desconhecimento sobre as PANCs pode ser devido à falta de informação e educação sobre essas plantas, bem como à falta de incentivo para sua produção e consumo.

Além disso, muitas vezes as PANCs são vistas como plantas “pobres” ou “ruins”, enquanto as plantas alimentícias convencionais são valorizadas.

No entanto, as PANCs podem ser uma excelente fonte de nutrientes, além de serem mais adaptadas às condições climáticas e de solo do Brasil.

É importante destacar que as PANCs também podem ser uma forma de preservar a biodiversidade e a cultura local.

A inclusão das PANCs na dieta pode contribuir para a segurança alimentar e nutricional, além de ser uma forma de ampliar as opções alimentares e reduzir a dependência de plantas importadas.

É necessário promover a pesquisa e o desenvolvimento de tecnologias para a produção e processamento das PANCs, bem como fomentar sua comercialização e consumo.

As PANCs também podem ser uma fonte importante de renda para as comunidades locais, especialmente em áreas rurais.

As PANCs variam de acordo com a região do país, e que existem muitas outras plantas alimentícias não convencionais que podem ser encontradas em diferentes regiões.

É importante ressaltar que é preciso estudar cada planta para garantir a segurança alimentar, pois algumas PANCs podem conter toxinas e precisam ser preparadas de forma adequada antes de serem consumidas.

É necessário divulgar e incentivar o uso dessas plantas, bem como valorizar a cultura local e a biodiversidade, para garantir a segurança alimentar no país.

O jambu é uma PANC comum no Norte e Nordeste do Brasil, é cultivado em áreas de floresta e pode ser colhido quando os frutos estão maduros. É comumente preparado como um suco ou é consumido in natura. Em algumas regiões, o Jambu ganha nomes como Agrião-do-Pará, Nhambu, Agrião-do-Brasil, Mastruço do Pará, Jamburana, Jambu-açu ou Pimenteira do Pará.

A macaxeira brava (mandioca brava ou mandioca amarga), é comum no Nordeste, é cultivado em solos úmidos e pode ser colhido quando a planta está madura. Ele é geralmente preparado cozido, assado ou frito e é uma fonte importante de carboidratos, porém é necessário purificar.

Não tem como diferenciar a mandioca a mandioca brava da mansa, então quem planta é que deve saber, ou você leva em um laboratório para analisar a dose do ácido cianídrico, que pode ser letal se não purificada. Então, não é qualquer mandioca que você vai simplesmente cozinhar.

A folha da macaxeira (maniva) precisa ser cozinhada com fervura por no mínimo 72 horas contínua da ou “cozido por 7 dias” como manda a tradição. A raíz (macaxeira brava) precisa ser fervida até cozimento completo, depois a massa amassada, ressecada “ao sol”‘ para ser preparada.

Em hipótese alguma mantenha esse processo de fervura com a panela fechada ou deixe secar, use sempre fogo brando. Em caso de dúvida, não prepare.

O araticum é encontrado no Centro-Oeste, Norte e Nordeste do Brasil, é cultivado em áreas de floresta e pode ser colhido quando os frutos estão maduros. Ele é geralmente preparado como suco ou como uma sobremesa, como sorvete, biscoitos, geleias, bolos entre outros.

O araticum é um fruto grande, que apresenta polpa adocicada, rica em Fe, K, Ca, vitamina C, vitamina A, vitamina B1 e B2. Com relação às polpas ocorrem 2 tipos: o araticum de polpa rosada, mais doce e macio; e o araticum de polpa amarelada, não muito macio e um pouco ácido.

Devido ao desmatamento e o longo prazo de germinação, sem a existência de uma ação humana, há clara tendência do desaparecimento do araticunzeiro desaparecer. Apesar da semelhança com a pinha/fruto-do-conde, cada fruto pode ter até 2 kg.

A Mucuna é uma PANC que tem uma alta concentração de proteína, cerca de 24-25% de proteína em seus grãos. Ela pode ser comparada com a carne bovina, que tem cerca de 20-25% de proteína.

O Jatobá é outra PANC com alto teor de proteína, cerca de 20-22% de proteína em seus grãos. Isso é comparável ao frango, que tem cerca de 20-25% de proteína.

A Jerimum, também conhecida como abóbora-menina, tem cerca de 18-20% de proteína em seus grãos, o que é similar ao teor de proteína encontrado em peixes e frutos do mar.

A carnaúba tem cerca de 14-15% de proteína em seus grãos, que é similar ao teor de proteína encontrado em laticínios e ovos.

PANCs como Mucuna, Jatobá e Jerimum, possuem alto teor de proteína e podem ser usadas como substitutos da carne, enquanto outras PANCs como carnaúba podem ser usadas como complemento alimentar. É importante lembrar que esses valores podem variar dependendo da região, do solo e da forma de cultivo das plantas.

O litoral norte do Estado de São Paulo, Brasil, é uma região com uma grande variedade de PANCs. Algumas das principais PANCs encontradas na região incluem:

A mandioca brava, também conhecida como mandioca selvagem, é uma planta rica em carboidratos, vitaminas e minerais.

O jiló é uma planta rica em vitamina C e antioxidantes. Seus frutos podem ser consumidos crus ou cozidos, e podem ser usados em saladas, sopas ou refogados.

O caruru (Amaranthus) é uma planta rica em vitamina A e ferro. Seus frutos podem ser cozidos ou refogados e podem ser usados como complemento alimentar.

O quiabo-de-metralha é uma planta rica em vitamina C e ferro. Seus frutos podem ser cozidos ou refogados e podem ser usados como complemento alimentar.

Além disso, a região também é rica em plantas comestíveis como a “falsa-hambúrguer” ou “hambúrguer vegetal” (Chenopodium quinoa) e o “espinafre selvagem” (Amaranthus viridis), que são ricos em proteínas e podem ser usados como substitutos da carne.

Algumas PANCs encontradas no litoral norte do Estado de São Paulo podem ser usadas como substitutos do leite de vaca. Algumas dessas plantas incluem:

A amêndoa de bacaba é uma planta rica em cálcio e magnésio, e seus frutos podem ser usados para fazer leite vegetal.

A buriti é uma planta rica em vitamina A e cálcio, e seus frutos podem ser usados para fazer leite vegetal.

A carnaúba é uma planta rica em cálcio e magnésio, e suas folhas podem ser usadas para fazer chá.

A jurema é uma planta rica em cálcio e magnésio, e suas folhas podem ser usadas para fazer chá.

É importante lembrar que essas plantas devem ser consumidas com moderação.

Algumas PANCs encontradas no litoral norte do Estado de São Paulo, Brasil, são ideais para alimentação de pessoas veganas, pois são ricas em proteínas e outros nutrientes importantes. Algumas dessas plantas incluem:

A fava d’anta é uma planta rica em proteínas e ferro, e seus frutos podem ser usados para fazer farofa e outros pratos.

A juçara / içara / jussara ou ripeira é uma planta rica em proteínas e potássio, assim como a pupunha é uma planta rica em proteínas e potássio, como já falamos anteriormente.

A murici é uma planta rica em vitamina C e ferro, e seus frutos podem ser usados para fazer sucos e doces.

É possível encontrar PANCs como taioba, pincel de estudante e peixinho da horta no litoral norte do Estado de São Paulo. Essas plantas são comuns na culinária tradicional da região e possuem características nutricionais e culinárias interessantes.

A taioba é uma planta rica em vitamina A, vitamina C e ferro, e suas folhas podem ser usadas para fazer refogados, sopas e saladas.

O pincel de estudante é uma planta rica em vitamina A, vitamina C e ferro, e suas folhas podem ser usadas para fazer refogados, sopas e saladas, sempre em pequenas quantidades.

O peixinho da horta é uma planta rica em vitamina A, vitamina C e ferro, e suas folhas podem ser usadas para fazer refogados, sopas e saladas.

A flor de bananeira é comumente utilizada na culinária caiçara e é rica em vitamina A, vitamina C e ferro. Ela pode ser preparada de diversas formas, como refogada, em sopas e saladas.

Para prepará-la, é importante escolher flores maduras e frescas, e retirar o pedúnculo e as primeiras camadas externas, que podem ser amargas. Em seguida, é preciso lavá-la bem e cortá-la em pedaços.

Além da flor de bananeira, outras flores comestíveis presentes na região são:

  • Flor de abacaxi
  • Flor de caju
  • Flor de jaca
  • Flor de maracujá

Essas flores possuem características culinárias e nutricionais interessantes e podem ser utilizadas em diversas preparações, desde saladas e sopas até doces e sobremesas. É importante lembrar que essas flores devem ser cultivadas e colhidas de forma adequada para garantir sua segurança alimentar e informar-se sobre as possíveis contraindicações de cada flor, como por exemplo, o uso de certas partes da planta ou o uso em quantidades moderadas, etc.

Além das flores, existem diversos frutos alimentícios não convencionais que podem ser inclusos em pratos salgados no litoral norte de São Paulo. Alguns exemplos incluem:

  • Ingá: é uma fruta de origem brasileira, é rica em vitamina C, vitamina B1, vitamina B2 e vitamina B3. Pode ser utilizada em pratos salgados, como em saladas ou refogado.
  • Cagaita: é uma fruta silvestre comestível, muito comum no litoral norte de São Paulo. Possui sabor adocicado e ácido e pode ser utilizada para fazer sucos, geleias e doces..

A culinária com Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANCs) pode ajudar na economia local de diversas formas. Algumas delas incluem:

  1. Geração de renda: As PANCs podem ser cultivadas e comercializadas, gerando renda para agricultores e comunidades locais.
  2. Preservação da biodiversidade: O uso de PANCs pode incentivar a preservação de espécies nativas e a recuperação de áreas degradadas.
  3. Fortalecimento da agricultura familiar: O cultivo de PANCs pode ser uma forma de fortalecer a agricultura familiar, principalmente em regiões de baixa renda.
  4. Promoção de turismo: O uso de PANCs na culinária pode atrair turistas interessados em experimentar novos sabores e conhecer as tradições locais.Redução de importações: O uso de PANCs pode reduzir a dependência de importações de alimentos e, assim, fortalecer a economia local.
  5. Fonte: LN21







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