Os ingredientes alternativos são uma realidade cada vez mais notável na indústria de alimentos, entre os grandes e pequenos negócios.
Falar desse tipo de alimento é tratar de uma das principais tendências do setor, tanto na fase de pesquisa e inovação, quanto na etapa de produção e consumo final. Trata-se de substituições inteligentes que priorizam um custo-benefício otimizado. Além de atender a demandas de consumo que se tornaram mais expressivas nas últimas décadas: vegetarianos, celíacos, veganos, dietas funcionais e preocupações nutricionais bem estabelecidas.
Neste artigo, mostraremos os ingredientes alternativos que estão em alta e foram desenvolvidos para suprir as necessidades desse grupo específico de consumidores. Acompanhe!
Os ingredientes alternativos são produtos alimentares não convencionais e que aparecem nas rotinas de alimentação da população em geral.
O trigo, o milho, o arroz e a soja são produtos tradicionais, considerados a base da alimentação de diferentes países. Esses quatro itens juntos correspondem a dois terços da oferta mundial de alimentos, como explica Sayed Azam Ali, diretor do Centro de Alimentos para o Futuro, para a BBC News Brasil.
Azam Ali afirma que há uma dependência mundial de apenas quatro tipos de cultivo, enquanto a tradição de plantar e colher acompanha a humanidade há mais de sete mil anos. Há muitas outras possibilidades que poderiam fazer parte da dieta humana e que estão ficando de lado.
A Crops for the Future (Centro de Alimentos para o Futuro) é uma instituição que existe com o propósito de desenvolver a utilização de ingredientes alternativos, promovendo a produção e o consumo conscientes e sustentáveis de culturas alimentícias negligenciadas ou esquecidas pela grande indústria.
O crescimento do mercado de produtos alternativos impacta na descentralização das culturas agrícolas ao redor do mundo, garantindo maior oferta de alimentos para todas as pessoas e agregando novos preparos e sabores para a indústria de alimentos.
Além de proporcionar um olhar mais atento para outros alimentos que podem ser base para a alimentação, como frutas tropicais, grãos e cereais, o desenvolvimento do mercado de ingredientes análogos atende a novos estilos de consumo, como o das dietas vegetarianas e veganas.
Somente no Brasil, 14% da população já se declara vegetariana e o mercado de produtos veganos cresceu 40%, segundo dados da Sociedade Vegetariana Brasileira, a SVB.
Substituir a proteína animal por proteínas vegetais como a soja, o tofu ou a ervilha, é um movimento de mudança alimentar cada vez mais expressivo. Em 2022, 67% dos brasileiros reduziram o consumo de carne e 37% pretendem reduzir para os próximos 12 meses, de acordo com a pesquisa “O Consumidor Brasileiro e o Mercado Plant-Based 2022”, do The Good Food Institute Brasil (GFI Brasil).
Fonte: Food Connection