A empresa britânica de biotecnologia Multus anunciou o lançamento do Proliferum B, uma nova alternativa ao soro fetal bovino (FBS) que não utiliza componentes de origem animal. O produto foi desenvolvido para acelerar a produção de carne cultivada, abordando questões relacionadas a custo, confiabilidade e ética associadas ao uso do FBS.

Esse é o primeiro produto criado com o sistema baseado em aprendizado de máquina da Multus, que facilita as etapas iniciais de pesquisa e desenvolvimento (P&D) sem depender do caro e controverso soro animal, nem da necessidade de criar um produto do zero. Cai Linton, CEO e cofundador da Multus, destacou a importância de tornar a carne cultivada mais facilmente disponível. “Para que isso aconteça, precisamos tornar o desenvolvimento de meios de crescimento mais eficiente, permitindo que as empresas do setor avancem e escalem com maior rapidez”, afirmou Linton.

O uso de FBS na cultura celular é frequentemente criticado por seu alto custo e as questões éticas envolvidas. Os substitutos existentes têm sido caros e demorados para serem desenvolvidos. Segundo a Multus, não há produtos disponíveis que utilizem células relevantes para a indústria de carne cultivada.

Por outro lado, o Proliferum B foi desenvolvido com células bovinas e testado em diferentes tipos celulares, incluindo fibroblastos bovinos primários, células satélite bovinas imortalizadas e pré-adipócitos murinos imortalizados. O produto demonstrou desempenho superior, com tempos de duplicação mais curtos e consistência ao longo de várias passagens celulares.