Especialistas em sustentabilidade estão levantando preocupações sobre a credibilidade das alegações de sustentabilidade feitas por produtos à base de plantas. Enquanto empresas nesse setor afirmam que seus produtos são mais ecológicos do que a carne convencional, pesquisadores e cientistas estão questionando a falta de transparência e a precisão dos dados por trás dessas alegações.
Uma das principais preocupações é o uso de Avaliações do Ciclo de Vida (ACV) encomendadas pelas próprias empresas para respaldar suas reivindicações de sustentabilidade. Essas análises, que calculam o impacto ambiental desde a produção até os resíduos, têm sido criticadas por sua falta de independência e pela omissão de importantes fatores, como as emissões associadas ao fornecimento de ingredientes como a soja.
A falta de transparência em relação aos dados e a origem dos ingredientes também é uma preocupação significativa, já que muitas vezes torna difícil calcular os verdadeiros impactos ambientais e sociais desses produtos.
Embora seja amplamente reconhecido que produtos à base de plantas têm um potencial menor de impacto ambiental em comparação com produtos de carne convencional, é essencial que as alegações de sustentabilidade sejam respaldadas por dados transparentes e independentes. Essa questão é de particular importância, pois as mensagens corporativas influenciam não apenas as decisões dos consumidores, mas também políticas e investimentos relacionados à sustentabilidade ambiental.