O mercado de laticínios à base de plantas está em crescimento global, com previsão de um aumento significativo nos próximos anos. De acordo com projeções, os produtos lácteos plant-based, incluindo alternativas de leite, iogurte, queijo, sorvetes e cremes, devem saltar de US$ 27 bilhões em 2023 para US$ 43,6 bilhões em 2028.
Enquanto o mercado cresce, há uma busca por novas matérias-primas para desenvolver esses produtos. Embora amêndoa, soja, aveia, arroz e coco sejam os ingredientes mais populares atualmente, a indústria está explorando outras opções para melhorar a sustentabilidade e atender as necessidades de consumidores.
Um estudo recente investigou o potencial do feijão pinto, também conhecido como feijão carioca, comum na América Latina, como matéria-prima para laticínios vegetais. Pesquisadores na Alemanha e no Brasil também estão explorando formas de utilizar os feijões quebrados, um subproduto comum do processo de colheita, para criar alternativas lácteas com proporções ideais de proteína e amido, sem a necessidade de aditivos.
Outro projeto de pesquisa está focado no desenvolvimento de queijo à base de ervilhas verdes. Com o seu alto teor de proteína e perfil de aminoácidos, possuem potencial para produzir texturas semelhantes ao queijo. Os desafios incluem o sabor característico das ervilhas, que pode ser reduzido durante o processo de fabricação.
Um terceiro projeto na Alemanha, visa criar aromas autênticos de queijo em produtos lácteos vegetais. Usando a conversão microbiana de precursores de aromas vegetais encontrados em proteínas e óleos vegetais, os pesquisadores buscam desenvolver alternativas ao leite à base de plantas com aroma e textura autênticos de queijo. O projeto envolve a colaboração com a indústria agrícola, fornecedores de ingredientes e outros parceiros, e está previsto para durar até 2025.