As fibras e os prebióticos oferecem múltiplos benefícios em produtos plant-based, tanto para a saúde dos consumidores quanto para as características sensoriais dos produtos.
Do ponto de vista da saúde, contribuem para a melhora da digestão, controle glicêmico, redução do colesterol e aumento da saciedade. Do ponto de vista tecnológico, melhoram a textura, aumentam a vida útil e podem atuar como substitutos de ingredientes menos desejáveis, como gordura e açúcar. Esses benefícios são particularmente importantes no desenvolvimento de análogos de carne e laticínios, onde a textura e o mouthfeel são atributos críticos para a aceitação do consumidor.
As fibras solúveis, como a inulina e os frutooligossacarídeos (FOS), são amplamente utilizadas devido a sua capacidade de formar géis e espessantes, melhorando a textura de bebidas e produtos alimentícios. Também desempenham papel prebiótico, promovendo o crescimento de bactérias benéficas no intestino, como as bifidobactérias, o que contribui para a saúde digestiva. Já as fibras insolúveis, como a celulose e o farelo de trigo, são importantes para aumentar o teor de fibras dos produtos, promovendo a saciedade e a saúde intestinal.
Os prebióticos também são componentes importantes. Além da inulina e dos FOS, a goma acácia e os galactooligossacarídeos (GOS) estão ganhando destaque. Esses ingredientes não só melhoram a saúde intestinal, mas também podem ser utilizados para reduzir o teor de açúcar e gordura nas formulações, sem comprometer o sabor ou a textura dos produtos.
A variedade de fibras e prebióticos disponíveis para a formulação de produtos plant-based é extensa. Além das já mencionadas inulina e FOS, ingredientes como psyllium, goma guar, pectina e fibras derivadas de leguminosas (como a ervilha e a lentilha) são cada vez mais populares e valorizados por sua versatilidade e pelos benefícios funcionais que trazem às formulações, como a melhoria da textura, estabilidade, retenção de umidade e aumento do conteúdo nutricional.