O Laboratório de Engenharia Biológica (EngBio), em associação com a BioTec-Amazônia, realizará o serviço de detecção de DNA de produtos como alimentos (processados ou in natura), cosméticos e têxteis, para as empresas poderem obter selo vegano com tecnologia molecular.
“A obtenção de selos de autenticidade vegana baseada em detecção de DNA vem trazer segurança aos consumidores e vantagem competitiva aos produtores e marcas”, mencionou a BioTec-Amazônia em sua rede social.
Vale destacar que a pesquisa executada pela instituição é a primeira do tipo na América Latina. Diego Assis, membro da equipe do Laboratório de Engenharia Biológica (EngBio) e professor adjunto na Universidade Federal do Pará (UFPA), mencionou em um comunicado que esse será o primeiro laboratório a desenvolver esse serviço. Interessante, não é?
O especialista comparou esse teste com os exames de paternidade, pois, utiliza métodos moleculares considerados incontestáveis. Dessa forma, é possível detectar as fraudes nos alimentos e verificar a pureza dos produtos.
No momento, nenhum tipo de selo vegano no país é concedido utilizando o DNA.
Como funciona a obtenção do selo vegano com tecnologia molecular?
Se você é um empreendedor de produtos veganos, deve ter se interessado por esse assunto!
Há uma avaliação técnica e científica.
A avaliação científica funciona para definir protocolos e decidir qual tipo de tratamento utilizarão para extrair o DNA.
Com o DNA extraído é feita uma leitura no equipamento.
O DNA é submetido a um processo chamado Reação em cadeia da Polimerase (PCR), onde os especialistas conseguem ver se há DNA animal ou não.
Se não existe DNA animal, é realizada a emissão do Selo vegano.
O selo pode ser utilizado conforme o contrato firmado entre as partes. O tempo mínimo é de um ano (12 meses), após isso, a empresa poderá renovar o selo realizando uma auditoria pela BioTec-Amazônia caso seu processo de produção não tenha se modificado.
Para ter seu produto analisado, o empreendedor deve enviar um e-mail para a instituição, com os nomes dos produtos e as respectivas composições. Depois, é necessário enviar as informações e documentos solicitados que serão analisados no prazo de 20 dias. Após isso, é preciso aguardar a aprovação, firmar um contrato e ter a aprovação do layout de embalagem para começar a usufruir do Selo Vegano.
Conforme o jornal brasileiro O Liberal, o rastreamento do DNA dos produtos consegue identificar até 0,01% das impurezas dos alimentos. O especialista explicou ao veículo que qualquer amostra que apresente acima de 1% de DNA Animal não leva o selo vegano, pois até 1% é considerado uma contaminação não intencional.
O selo auxiliará os empreendedores e consumidores a terem um produto considerado mais confiável.
Sobre as instituições
A BioTec-Amazônia é um centro de inteligência focado em bioeconomia.
A instituição tem o objetivo de desenvolver projetos que adicionem valor aos produtos da Amazônia, como a cadeia produtiva de cacau, palma de óleo, açaí, cosméticos, fármacos, entre outros. Os setores alvos com os quais trabalham são o alimentício, cosmético, biocombustível e o farmacêutico.
Quanto ao Laboratório de Engenharia Biológica, esse fica localizado no Parque de Ciência e Tecnologia que afirma ser o primeiro parque tecnológico da Amazônia. A instituição apoia as ações estratégicas de coordenação e elaboração de pesquisa em genômica e biotecnologia da BioTec-Amazônia.
Gostou dessa notícia? Aproveite e leia também:
VitroLabs levanta US$ 46 milhões para produzir couro feito com células
Miruku levanta US$ 2,4 milhões para proteína láctea sem animais
O Boticário lança linha vegana Cuide-se Bem Feira
*Imagem de capa: Reprodução EngBio — Laboratório de Engenharia Biológica / via Facebook @engbiopct