Um tribunal sul-africano decidiu contra um plano do governo de apreender produtos à base de plantas de supermercados por usarem nomes "semelhantes a carne" em seus rótulos, como "nuggets", "hambúrgueres" ou "salsicha".
Uma interdição judicial de dois anos impediu apreensões temporariamente até agora, e a questão de nomenclatura não havia sido totalmente resolvida. No entanto, a recente decisão da Suprema Corte de Joanesburgo permitirá que alternativas à base de plantas com nomes "semelhantes a carne" continuem disponíveis nas lojas sul-africanas, mantendo suas atuais convenções de nomenclatura e rotulagem.
A decisão é considerada uma grande vitória para o setor de produtos à base de plantas na África do Sul, onde a indústria em crescimento ganha destaque com a popularidade de alternativas à carne, como as oferecidas por empresas como Fry's, Urban Vegan, Beyond Meat e On the Green Side.
Em outros países, como Itália, França e Espanha, a indústria de produtos à base de plantas enfrenta resistência com demandas por proteções contra nomes semelhantes aos da carne. Na França, um decreto proibiu o uso de 21 termos relacionados à carne para descrever produtos à base de plantas. Projetos semelhantes também foram apresentados na Polônia.
Embora a atenção se concentre principalmente em carne e laticínios, os frutos do mar alternativos também enfrentam desafios de nomenclatura. Em Bruxelas, uma audiência pública sobre produtos à base de plantas de origem marinha discutiu a possibilidade de confusão do consumidor.