Um recente estudo indica que o consumo repetido de carne vegetal ao longo do tempo não resulta em uma melhoria na preferência do consumidor. No entanto, o contexto no qual os substitutos à base de plantas são incorporados nas refeições desempenha importante papel na forma como são recebidos.
A pesquisa investigou se a familiaridade crescente dos consumidores com análogos de carne à base de plantas (PBMA) poderia influenciar um maior apreço por esses produtos com o tempo. Pesquisas anteriores destacaram que a relutância inicial dos consumidores em aceitar PBMAs estava relacionada ao desconhecimento, percepções negativas e fatores socioculturais.
Embora alguns estudos sugiram que o aumento do consumo pode tornar os alimentos mais aceitáveis, há evidências contrárias indicando que uma exposição excessiva pode reduzir o apreço do consumidor, tornando os alimentos "chatos". Em casos em que os consumidores relataram tédio, a introdução de variedade nas refeições, ao utilizar esses ingredientes de forma diversificada, foi uma estratégia comum para mitigar essa sensação.
Para avaliar se a aceitação do consumidor realmente aumentaria ao longo do tempo, os pesquisadores recrutaram 61 participantes com uma dieta rica em carne e com pouca experiência com PBMAs. Durante quatro semanas, os participantes prepararam duas refeições por semana, uma contendo carne vegetal pré-definida e outra com um PBMA da sua escolha.
Os resultados indicaram que o gosto por alimentos à base de plantas não experimentou mudanças significativas ao longo do período estudado. No entanto, a variedade nas refeições parecia mitigar o potencial "tédio" associado aos PBMAs. O contexto também desempenhou o seu papel, com a preferência por refeições autenticamente preparadas pelos participantes superando outras opções de refeições.
Embora o estudo não tenha observado aumento na preferência por PBMAs, registrou aumento no seu consumo. Os participantes que incorporaram refeições à base de plantas relataram um consumo mais frequente, mesmo após o término do período de teste, em comparação com o grupo de controle.
Esses resultados sugerem que, embora a preferência possa não ter aumentado, a incorporação regular de PBMAs nas refeições pode influenciar positivamente os hábitos alimentares dos consumidores.