Page 59 - Aditivos | Ingredientes - Edição 179
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 NOVAS OPÇÕES DE PROTEÍNAS VEGETAIS A mais recente novidade no mercado de proteínas vegetais é a proteína de arroz, a qual foi recentemente designada como Geralmente Reconhecida como Segura (GRAS - Generally Recognized as Safe). É um dos poucos isolados de proteínas vegetais que pode apresentar uma concentração de proteína de 90% ou mais, além de possuir sabor limpo, ser hipoalergênica e responder positivamente a formulação de produtos que passam por processo de extrusão, como os análogos à carne. O crescente interesse pelo suplemento de proteína das algas, vem do fato de muitos consumidores estarem procurando alternativas sem alérgenos a outros produtos à base de plantas. Além disso, a proteína das algas é livre de colesterol, rica em óleos ômega saudáveis e um produto altamente sustentável, que pode ser cultivado em ambientes limpos e controlados. Como já mencionado, o extrato de algas marinhas apresenta mais de 60 nutrientes em sua composição natural, dentre eles alguns macro e micronutrien- tes. As algas são fonte das vitaminas A, B1, B3, B6, B12, C, D e E, e de outras substâncias, como glicoproteínas, alginatos e aminoácidos, que podem funcionar como bioestimulantes vegetais. Além disso, as algas marinhas são ricas em estimu- lantes naturais, como auxinas (hormônio do crescimento que governa a divisão celular), giberelinas (indutora de floração e alongamento celular) e citocininas (hormônio da juventude). Entre os principais macronutrientes podem ser mencionados cálcio, potássio, magnésio e enxofre, e micronutrientes, como boro, magnésio, ferro, cobre e zinco. A alta concentração de alginato, um polissacarídeo que compõe a estrutura da parede celular das algas, faz com que armazenem água nas células e permaneçam hidratadas. Outro aspecto importante é que o emprego das algas marinhas no sistema produtivo pode propiciar a produção de fitoalexinas (indutoras de resistência das plantas às doenças e pragas), fortalecendo os mecanismos de resis- tência dos vegetais. Outra novidade no mercado de proteínas vegetais é a micoproteína, ou proteína de cogumelo, que está chamando a atenção pela versatilidade do seu uso em uma variedade de aplicações. Conhecida como uma proteína de alta qualidade, pois oferece todos os nove aminoácidos essenciais, além de 11 não essenciais, a micoproteína é fonte de vitamina E, ácido pantotênico, fósforo e fibra, fornecendo um perfil nutricional raro. Outra vantagem importante é a sua contribuição para Novas proteínas de outros grãos, sementes e legu- minosas também estão sendo colocadas à disposição do mercado, onde o uso e a aplicação de proteínas de cogu- melos, berinjela e várias sementes continuam aumentando. Enquanto isso, os tecnólogos vêm estudando processos para extrair proteínas saudáveis de outras fontes vegetais, como cenouras, batatas, brócolis e folhas verdes. As algas também são uma fonte de proteína interes- sante e de rápido crescimento. Fornecem quantidade signi- ficativa de fibras e lipídios saudáveis, além da sua proteína conter uma variedade impressionante de aminoácidos, com algumas espécies possuindo mais de 60 nutrientes, o que deve lhe garantir um espaço de destaque no mercado em um futuro próximo. PROTEÍNAS VEGETAIS    59 ADITIVOS | INGREDIENTES 


































































































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